domingo, 14 de novembro de 2010

Sua família poderá ser denunciada no Disque 100 por “violação” de direitos humanos

“Até o final do ano a Secretaria de Direitos Humanos ampliará o serviço de denúncias por telefone Disque 100 (…) o serviço atenderá denúncias sobre violações contra idosos, pessoas com deficiência, homossexuais e outras minorias . (leia a notícia inteira neste artigo)
Atenção: Como se explica que estejam colocando homossexuais no mesmo patamar dos idosos e pessoas com deficiência? Que absurdo! Ademais, o que o governo define por “violações”? Será que uma mãe cristã que se negar a contratar uma babá lésbica será penalizada por “violação”? E um orfanato que por princípios morais se recusar a dar filhos para adoção de homossexuais: Será penalizado por “violação”? E o padre que no sermão ler a Bíblia, que várias vezes condena o pecado de homossexualismo: será penalizado por “violação”?
Leia e envie a notícia abaixo para todos seus contatos. Seus amigos poderão ser lesados em breve pelo PNDH-3. Use o sistema de compartilhamento no fim deste post. Ainda há tempo de nos mobilizarmos. Se a parte sadia da população reagir, eles não conseguirão impor o iníquo Programa.ç
Veja com cuidado as partes que destacamos em negrito:
04/11/2010
Estados e municípios terão programas de direitos humanos baseados no PNDH 3
Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo federal quer estimular os estados e municípios a criarem seus planos de direitos humanos inspirados nas diretrizes, objetivos estratégicos e ações da terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3).
O comitê de acompanhamento e monitoramento do programa, formado por cerca de 20 ministérios e secretarias, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH), discutiu os termos de adesão que os estados e municípios poderão assinar. Atualmente, apenas o estado da Bahia e o município de Olinda (PE) têm um programa para a área. Os estados de Pernambuco e do Rio de Janeiro estão elaborando os seus planos.
A adesão não implica em transferência de recursos e nem tem prazo de vigência, mas a adoção das diretrizes do PNDH 3 pelos estados e municípios é vista como estratégica. “Avançar é construir essas institucionalidades”, pondera Lena Peres, secretária de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da SDH.
Além de “transversalizar” o PNDH 3 entre estados e municípios, como diz a secretária, o comitê interministerial está cuidando do plano de ação em direitos humanos do governo federal para os próximos dois anos. A ideia é que no dia 10 de dezembro, Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, sejam escolhidas as prioridades do programa.
O PNDH 3 tem 519 ações programáticas. A Secretaria de Direitos Humanos, o Ministério da Justiça, o Ministério da Educação, o Ministério da Saúde são as pastas com mais ações. A SDH e o Ministério da Justiça têm comissões internas para escolher as ações e detalhar a implementação em sistema de monitoramento fornecido pelo Ministério da Educação. Na próxima segunda-feira (8), o Ministério da Saúde instala a sua comissão.
A escolha das ações prioritárias do PNDH 3 para os próximos anos terá reflexo na proposta orçamentária em discussão no Congresso Nacional e será encaminhada ao novo governo, que poderá ou não implementá-la. “O plano é vivo. Os novos ministros poderão rever e ampliar”, disse a secretária que calcula que 80% das escolhas já estão em encaminhamento.
As propostas também deverão ser levadas à equipe de transição. Desde agosto, a SDH prepara os documentos para a troca de governo. Segundo Rogério Sottili, secretário executivo da pasta, um balanço das ações já foi feito e a secretaria fornecerá as informações para os primeiros 90 dias do próximo governo.
O secretário adiantou à Agência Brasil que até o final do ano a SDH ampliará o serviço de denúncias por telefone Disque 100, que hoje atende às denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes. A partir de dezembro, o serviço atenderá denúncias sobre violações contra idosos, pessoas com deficiência, homossexuais e outras minorias.
Ficará para o próximo governo a conclusão do Atlas dos Direitos Humanos, com os indicadores sociais da área, e o pagamento de indenizações aos filhos de portadores de hanseníase que foram separados dos pais por causa de medidas sanitárias, conforme promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além desses projetos e das ações do PNDH 3, também estará na agenda do próximo governo a aprovação no Congresso da lei que cria a Comissão Nacional da Verdade; a lei que estabelece a substituição do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos; e a Proposta de Emenda Constitucional 438, que trata da expropriação de propriedades rurais ou urbanas onde seja constatada a prática de trabalho escravo.
Agência Brasil
Ou seja, estão querendo impor o PNDH-3 a toque de caixa!
Vamos reagir já! O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira lhe convida a enviar seu Cartão Amarelo contra o PNDH-3, clicando aqui. Se você já assinou, mande para os novos parlamentares, clicando aqui.
Já passamos do número inicialmente desejado – 1 milhão – e estamos chegando a 1.500.000!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Assassinos das FARC aplaudem a "compatriota" Dilma Rousseff.

Da Folha Poder:

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) afirmam que a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, terá um "papel determinante" para a "paz regional" e para a "irmandade dos povos do continente", ao destacarem sua trajetória "sempre ligada à luta pela justiça". "Presidente Dilma, para a senhora o nosso aplauso e reconhecimento", diz a nota assinada pelo Secretariado do Estado-Maior Central das Farc e divulgado nesta sexta-feira pela Anncol (Agência de Notícias Nova Colômbia), simpática à guerrilha. "Permita que ecoemos a justificada alegria do grande povo de Luís Carlos Prestes [líder comunista brasileiro, comandante da Coluna Prestes e uma das figuras mais perseguidas pelas ditaduras da América Latina], diante do fato relevante de terem, pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher sempre ligada à luta pela justiça na Presidência", assinala o grupo guerrilheiro. O comunicado também ressalta a "pública convicção" de Dilma sobre a "necessidade de uma saída política para o conflito interno da Colômbia" e acrescenta que sua vitória multiplicou a esperança das Farc "na possibilidade de alcançar a paz pela via do diálogo e da justiça social". "Temos certeza que a nova presidente do Brasil terá um papel determinante na construção da paz regional e na irmandade dos povos do continente", conclui a nota. Em setembro passado, quando ainda era candidata a presidente, Dilma declarou que o Brasil só intermediaria em uma eventual negociação de paz com as Farc caso fosse um pedido do Governo colombiano.
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Trecho de entrevista concedida por Ingrid Betancourt, que esteve no Brasil na última semana:

UOL Notícias: O Brasil não considera as Farc como grupo terrorista, e um dos argumentos para isso é que essa classificação compromete o diálogo. A senhora acredita que o Brasil deveria mudar a maneira como vê as Farc?

Ingrid Betancourt: Acredito que tem de mudar tudo. As pessoas e as organizações não são o que pretendem ser, elas são o que são. Se há uma organização que sequestra, que manda bombas em igrejas e escolas, pois estão fazendo terrorismo e quem faz terrorismo é terrorista. Ou seja... Eu acredito que as Farc devem ser consideradas terroristas. Agora, segunda mudança: é preciso negociar com terroristas. Não se pode dizer que porque são terroristas então não se pode negociar. Ao contrário: porque são terroristas, é necessário entrar em um diálogo, que permita mudar a situação. Creio que são duas maneiras de enfrentar o problema que são complicadas. Porque se a questão é dialogar, a questão deve ser dialogar sabendo quem é quem. Mas não se pode desconhecer a natureza de uma organização sob o pretexto de poder dialogar. Isso me parece muito perigoso. 

Do Coturno Noturno

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Caixa já era cotada para comprar banco do Sílvio Santos desde o início de 2009. Em agosto, Dilma foi a estrela da festa do SBT.



 

Hoje, a Folha de São Paulo informa que o Banco Central sabia da fraude no Panamericano de Sílvio Santos desde agosto de 2010. E abafou o caso. No entanto, os boatos de aquisição do banco pela Caixa Econômica Federal já existiam desde o início de 2009, conforme pode ser confirmado aqui. O Panamericano era dado como uma "noiva cobiçada". A aquisição acabou ocorrendo em novembro de 2009.

Do Coturno Noturno 

terça-feira, 9 de novembro de 2010

TESTE SEU NÍVEL GAY



SINTOMA
NÍVEL GAY
OBSERVAÇÕES
Chegar aos trinta anos e não ter barriga.
Com certeza é gay.
Desnecessárias



Ter um gato.
Somente um homossexua consumado tería um gato.  
Um gato é como um cachorro porém em versão bicha, se lava com sua propria lingua, come pescado e nunca se embebeda. Pode-se dizer que o homem que vive só com um gato em sua casa, vive em uma profunda relacão gay. Senão vejamos:  um cachorro se chama com dignidade masculina, 'Vem cá, seu corno safado' ou 'sai daqui seu cão da moléstia', porém  a um gato... 'Bsss-bsss-bsss, kiti kiti kiti, vem belezinha, meu gatinho lindo'.
Não ir à caça ou à pescaria porque não tem banheiro
Bichona!
Um verdadero homem caga onde estiver.
Pedir café descafeinado, café com leite desnatado ou coisas similares:
Bicha
Café é café, deve ser forte... é masculino! As únicas coisas que se  podem adicionar ao café são conhaque e whisky, todo o resto é coisa de boiola.
Saber o nome de mais de quatro bolos
  Bichona !
Um homem só conhece o suficiente para o café da manhâ no botequim. Onde se viu um verdadeiro homem entrar em uma lanchonete e dizer 'com licença,  podería me dar duas porcões de ' lemon pie' e uma de 'brownies '?  Com 20 times na primeira divisão e 25 jogadores em cada um...  quem ainda vai ter lugar na memória para lembrar nomes de tortas...
Dirigir com as duas mãos
  Bichinha !
Se os 'cowboys ' conseguen laçar  touros com uma só mão... por que um homem precisa de duas mãos para agarrar o volante. As duas mãos no volante só em dois momentos: ultrapassar ou tocar buzina; no mais, a mão direita deve estar livre para poder sintonizar o radio, falar pelo  celular ou fumar, comer um sanduíche, e segurar a cerveja.
Adora dançar
Bichona !
Os homens só dançam por necessidade de arranjar uma garota, mas daí a adorar dançar...
Conhecer os nomes de atores e atrizes da moda e em que filmes ou novelas atuaram
Coisa de bichinhas...
Um homem de verdade só se lembra de ter visto determinado ator em outro filme cortando cabeças com uma espada em cada mão.
Repara se uma mulher se veste bem ou mal e  consegue lembrar de que cor era seu vestido.
Viadaçoo !
Um homem só se lembra de como estava gostosa  . 
Checar a validade em todos os produtos   
Bicha !
Macho come qualquer coisa, até mulher vencida !
Um homem de verdade é imune aos produtos vencidos.
Recebe e reenvia e-mails que falam da amizade, do amor, da ternura e outras  bobagens que para cúmulo ainda estão ilustrados com fotos de crianças, flores e anjinhos, e no final te ameaça com algo terrível se você não passa-los adiante  
Gayzão doente!
Mostre sua hombridade e mande isto a seus  amigos.  

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Liminar da Justiça Federal suspende o Enem em todo o país

Por Nathalia Goulart. na Veja Online:
A Justiça Federal do Ceará acatou nesta segunda-feira pedido de liminar do Ministério Público Federal e determinou a suspensão temporária em todo o Brasil do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010. “A suspensão tem caráter temporário e cabe recurso ao Ministério da Educação”, afirma a juíza Carla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal, responsável pela decisão. Procurado pela reportagem, o MEC, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que está ciente da decisão judicial, mas não quis se pronunciar a respeito. Enquanto vigorar a suspensão judicial, segundo a juíza, o MEC não poderá divulgar informações sobre resultados das provas do fim de semana e tampouco marcar nova prova.
“Acatei o pedido de liminar porque entendi que o Enem não foi realizado com a devida segurança, desde a impressão até sua realização, neste fim de semana”, acrescenta a magistrada, referindo-se às falhas de impressão dos cadernos de questões e respostas entregues aos candidatos no sábado. “A suspensão é válida até que a Justiça avalie o recurso que o MEC provavelmente apresentará, ou até que os responsáveis pelo exame apresentem soluções consideradas suficientes para estancar as falhas do Enem 2010.”
A magistrada criticou também a proposta em estudo no MEC de realização de novo exame, ao qual compareceriam apenas os estudantes diretamente prejudicados pelo erro na impressão das provas de cor amarela. “O que foi apresentado até agora, aplicar a prova apenas a esses candidatos, não é suficiente”, diz. “Novas provas poriam em desigualdade todos os candidatos remanescentes.”
A juíza criticou ainda as declarações do presidente Joaquim José Soares Neto, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), autarquia do MEC responsável pelo Enem. Em entrevista coletiva após a realização da prova do sábado, Soares Neto se referiu ao exame como uma “missão cumprida”, a despeito dos problemas ocorridos. “Isso é espantoso. É uma afronta ao coração do Enem”, diz Carla de Almeida.
Em nota, o procurador da República Oscar Costa Filho, que apresentou a ação civil pública aceita pela Justiça, também criticou a proposta do MEC de realização de nova avaliação. “O fato do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) ter aventado realizar provas separadas para o mesmo concurso apenas confirma o total desconhecimento dos princípios que informam os concursos públicos, entre os quais a igualdade”, diz.

Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/liminar-da-justica-federal-suspende-o-enem-em-todo-o-pais/

Haddad, um pensador do socialismo!Ou: O homem que quase salvou a União Soviética!!!

Um bobalhão aí, que conseguiu meu e-mail sei lá como, me manda uma mensagem longuíssima — não li até o fim, não, viu? — afirmando que decidi “pegar Fernando Haddad para Cristo” e que meu problema com ele é “ideológico”. Huuummm… Comecemos pelo básico. Haddad e Cristo não combinam numa mesma frase, ainda que seja só uma metáfora hiperbólica. E há a minha máxima aqui tantas vezes enunciada: sempre que alguém se compara, de algum modo, a Cristo, sugiro primeiro a crucificação; depois a gente avalia o resto. Qual é, Mané?
Peguei “pra Cristo” nada! É um absurdo sugerir que decidi criticar Haddad agora. Eu faço isso há muito tempo. Desde que ele foi nomeado! Já o caracterizei há muito neste blog — “o típico esquerdista de fala mansa, com ar ideologicamente asseado”. Embora ela possa escrever numa linguagem herbívora, as suas intenções são carnívoras. Num livro publicado em 2004 - Trabalho e Linguagem - Para a Renovação do Socialismo - é capaz de afirmar coisas como: “O sistema soviético nada tinha de reacionário. Trata-se de uma manifestação absolutamente moderna frente à expansão do império do capital. Fazendo um pastiche vagabundo de Marx, sentencia sobre o passado, o presente e o futuro numa linguagem que parece profunda e sábia, mas que não passa de uma espantosa coleção de bobagens: “Sob o capital, os vermes do passado, por vezes prenhes de falsas promessas, e os germes de um futuro que não vinga concorrem para convalidar o presente, enredado numa eterna reprodução ampliada de si mesmo, e que, ao se tornar finalmente onipresente, pretende arrogantemente anular a própria história. Esse é o desafio que se põe aos socialistas. A tarefa, 150 anos atrás, parecia bem mais fácil”.
Já tive cargo de chefia em redação e já tive revista. Hoje, só mando em mim mesmo, hehe — só a Pipoca me obedece, mas nem sempre. Se, naqueles tempos, um redator qualquer me apresentasse o que vai acima, eu botaria o bruto pra correr, debaixo de chicote.  O que significa aquilo, além da tentativa de parafrasear Marx com a habilidade com que Tiririca tentaria se mostrar um ator dramático?
É pouco? Sabem o MST, este que está aí, ameaçando a produção com táticas terroristas? Haddad também pensa algo a respeito da turma:Trata-se de um movimento que mudou completamente a pauta clássica de reivindicações: ele não reclama maior remuneração ou menor jornada, nem tampouco favores do Estado. (…) Revolucionariamente, o MST quer crédito, apoio técnico e autonomia. (…) São iniciativas dessa natureza, progressivas em todas as dimensões da vida social, que devem sempre chamar a atenção dos socialistas e lhes servir de inspiração para sua conduta política”.
Haddad é formado em direito e se tornou mestre em economia em 1990. O nome de sua monografia? Atenção: “O caráter sócio-econômico do sistema soviético”. Ele exalta os camaradas, é claro, e vê grandes virtudes naquele modelo. Menos de dois anos depois, a União Soviética acabou, o que dá conta da atualidade do pensamento deste rapaz e expõe as suas qualidades de visionário.
O doutorado, ele já foi fazer na filosofia: “O Materialismo Histórico e Seu Paradigma Adequado”. Ele gosta de temas complexos, como a gente nota. O que isso tem a ver com o Enem? Ora, só estou mostrando qual era a experiência intelectual de Haddad e demonstrando como ele costumava lidar com temas terrenos antes de ser levado ao Ministério da Educação para desmoralizar o provão, desmoralizar o Enem e criar a fantasia da multiplicação de universidades federais.
Imaginem se um homem com tais e tantas preocupações intelectuais, com essa cabeça sempre fervilhante, viria a público para falar sobre essa bobagem que é deixar no escuro milhões de estudantes brasileiros.
Qual é, gente? Haddad é um pensador do socialismo. Não tem tempo a perder com o povo!

Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/liminar-da-justica-federal-suspende-o-enem-em-todo-o-pais/

Depois do Paradoxo do Asno de Buridan, temos o Paradoxo de Haddad

Depois do Paradoxo do Asno de Buridan, temos o Paradoxo de Haddad

asno-de-buridan 
E as sandices continuam. Leiam o que informa Carolina Stanisci, no Estadão Online. Volto em seguida:
Manutenção de sigilo impediu revisão de provas, diz gráfica
A gráfica RR Donnelley divulgou, em carta ao Inep, que a impressão das provas do Enem ocorreu, “segundo previsão contratual, dentro dos mais rigorosos critérios de segurança e sigilo”. E que, “nesse contexto, todos os materiais foram impressos rigorosamente dentro do cronograma pactuado e nenhum conteúdo foi desviado”. Segundo a gráfica, essa manutenção do sigilo do conteúdo é que impediu que fossem “feitas revisões”, como a leitura do material impresso. O Inep, porém, teria, segundo o edital que rege o Enem 2010, que ter revisado todo o conteúdo.
Foi percebido, no processo, que 33 mil cadernos amarelos tiveram defeitos - dos quais 21 mil foram distribuídos. Mesmo assim, justifica a gráfica, o número de erros está dentro da margem de erro comum em gráficas, representando 0,003 sobre os quase 10 milhões de cadernos impressos. O documento, direcionado ao presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto, não explica como as provas erradas pararam nas mãos dos alunos.
Comento
O negócio é o seguinte: ou o exame sai direitinho, sem erro, mas com quebra de sigilo, ou, então, preserva-se o sigilo, mas a prova sai com erro. Exigir as duas coisas ao mesmo tempo parece ser demais para os ineptos. O Inep tinha a obrigação contratual da revisão. Não a exerceu pelo visto. Numa hipótese ainda pior, há o risco de ela ter sido feita.
A gráfica vem agora com a tal margem de erro. Sei. Por isso existe material excedente, para fazer eventuais trocas. Aí é preciso haver gente devidamente treinada, com um arsenal de respostas caso ocorram um problema e outro.
Conhecem a leitura crítica sobre o Paradoxo do Asno de Buridan, condenado a morrer de fome e de sede entre a água e a alfafa porque não consegue fazer a melhor escolha? Já temos o Paradoxo de Haddad: ou a prova está certa e vaza, ou não vaza e está errada. Uma boa parte dos impostos que pagamos é consumida por essa turma.
Ah, sim:
“Fer-nan-do Had-dad,
ca-dê vo-cê?
Eu vim a-qui
só pra te ver!”

Por Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/depois-do-paradoxo-do-asno-de-buridan-temos-o-paradoxo-de-haddaddepois-do-paradoxo-do-asno-de-buridan-temos-o-paradoxo-de-haddad/

MEC disfarça a própria incompetência ameaçando os alunos twitter-mec E o Enem, hein?

Fernando Haddad, ministro da Educação, é de uma incompetência que chega a ser comovente. Não obstante, é um daqueles que Lula gostaria de ver mantidos no Ministério de Dilma Rousseff. É impressionante! Não há coisa que esse senhor consiga fazer direito, mas a educação é uma das áreas mais superfaturadas da era Lula. Os números do ProUni ajudam a construir o mito. A fantástica máquina criada para repassar dinheiro público para mantenedoras privadas é considerada a grande obra do gênio.  Achando certamente que a barafunda criada na prova de sábado, com a inversão dos gabaritos, era café pequeno, o MEC resolveu ontem ameaçar os estudantes. No Twitter, mandou uma mensagem: afirmou que alunos que já “dançaram” no Enem estariam tentando tumultuar o processo (imagem no alto). O Ministério promete tomar as medidas judiciais para puni-los. E anuncia que tudo está sendo “monitorado”. É terrorismo! Prestem atenção à linguagem: o MEC recorre à gíria da garotada para demonstrar que é moderno. Mas está no paleolítico no que concerne à liberdade de expressão. Quem já deveria ter dançado há muito tempo é Haddad.  Não só! No Fantástico, a mãe de uma estudante diz ter solicitado ao Ministério uma sala especial para a filha, que está com catapora, fazer a prova. Recebeu um e-mail como resposta: solicitações para salas especiais têm de ser apresentadas com dois meses de antecedência. Entendo! A garota deveria ter sabido em setembro que contrairia catapora em novembro… Santo Deus! Pior: a reportagem ouviu um representante do Ministério que assegurou que houve o necessário isolamento. Não houve. O MEC educa os nossos adolescentes ameaçando-os e mentindo.  Também houve problema com a tal “prova amarela”, com repetição de questões. O Ministério tem um resposta: no máximo, atingiu 1% dos que fizeram o exame. Parece pouco? Fala-se 33 mil pessoas!!! Há alguns dias o MEC foi notícia porque decidiu censurar Monteiro Lobato.  Mais quatro anos de Haddad na educação, as provas de seleção serão substituídas por campeonato de relincho.

Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/mec-disfarca-a-propria-incompetencia-ameacando-os-alunos/

domingo, 7 de novembro de 2010

GOOGLE tenta se isentar de culpa em tentativa de justiçameto da jovem Mayara Petruso.

Um anônimo publicou dados particulares de familiares e amigos da jovem mayara Petrusso, deu o caminho completo para qualquer sociopata tentar destruir, incendiar ou infernizar a vida da jovem e da familia. http://mayarapetruso.blogspot.com/ É curioso que o veículo que se prestou a instrumento do crime, tente se isentar de culpa colocando abaixo da determinação da Justiça do Estado da Bahia que removeu o "post" a declaração: "O site em questão não esta em desacordo com os termos de uso do Grupo Google ®". Cabe aqui lembrar que o veículo no caso o GOOGLE segundo a legislação brasileira é responsável também pelo dano moral, ou qualquer prejuízo causado as pessoas pelo "anônimo". A legislação prevê a figura do co-responsável no crime, aqui não existe liberdade de expressão, existiria se o autor colocasse seu nome e dados pessoais, aqui existe um anonimo querendo justiçar uma menina, a família dela e se possível o papagaio. liberdade de expressão é uma coisa, incitamento ao crime ainda que por caminhos tortos é outra. Lamento senhores mas a questão da co-responsabilidade pelo dano existe e pode ser verificada aqui: http://www.ajorb.com.br/aj-for-impr-indenizacao-imoral.htm

O discurso vigarista da canalha que lucra ao jogar o Brasil contra o Brasil. Ou: Os “fascistas do bem” estão assanhados!

Eu me atrasei um pouquinho, mas me vinguei de vocês. Lá vai um daqueles textos bem longos para o domingão. Longo e, creio, necessário.
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É vergonhoso o que certos setores da imprensa vêm fazendo no caso da jovem Mayara, que postou mensagens absurdas no Twitter, contra os nordestinos. Atenção! Não estou dizendo que ela não deva RESPONDER PELO QUE FEZ (e não por aquilo que NÃO FEZ ), mas há um limite para as coisas. As penas têm de ser proporcionais aos delitos. É um princípio da civilização que não pode ser esmagado pelos “civilizados”. A imprensa politicamente correta está exibindo seu lado sensacionalista. Lembra aqueles senhores que ocupam as tardes nas TVs com programas policiais, exibindo, aos berros, as suas soluções simples e erradas para problemas difíceis. A palavra de ordem parece ser esta: “Já que ela escreveu aquelas barbaridades, então vamos linchá-la; destruí-la”. Ou ainda: “Descobrimos que ela é muito má; a Justiça é lenta; vamos resolver nós mesmos esse problema e condená-la”. O espírito que anima essa sede de punição e reparação é fascistóide. Os fascistas do bem estão na Internet e nos jornais, magnificando o que não tem importância e tentando despertar forças que, uma vez libertas, dificilmente voltam para a caixa.
Mayara, uma paulista, escreveu coisas inaceitáveis sobre “nordestinos”? Por certo! Ela é a única? Não é! Nordestinos, mineiros, sulistas etc. escrevem coisas  inaceitáveis sobre paulistas? O tempo inteiro! Uma simples pesquisa na rede vai revelá-lo. O ressentimento contra São Paulo é tão grande quanto escandalosamente injusto. Injusto, aliás, é o ressentimento contra qualquer região. Mas São Paulo está proibido de posar de vítima porque não pega bem. Afinal, o estado mais rico da federação — e fica parecendo que assim é porque roubou isso de alguém… — tem de agüentar calado as suas supostas culpas. Mas o que digo eu? “São Paulo” como ente só existe na boca dos que têm a pretensão ser seus inimigos! Uma das coisas que me agradam neste estado, ou nesta capital, é precisamente isto: ser paulista ou paulistano não quer dizer nada em especial. Não somos conhecidos por nossa esperteza silenciosa, por nosso charme adoravelmente malandro, por nossa sensualidade à flor da pele, por nosso espírito nativista, por nosso amor às lendas da floresta… Felizmente, ser paulista ou paulistano, ou morar por aqui, permite que a gente NÃO SEJA COISA NENHUMA! E aos não-paulistas informo: nem levem muito a sério esse negócio de que somos trabalhadores incansáveis. Há muitos vagabundos por aqui, como em toda parte.
Diziam-me mineiros no começo da corrida presidencial: “Esquece, Reinaldo! A esmagadora maioria deste estado não vai votar em Serra porque se consolidou a idéia de que ele tomou o lugar de um mineiro”. E cansamos de ler a respeito desse nobre sentimento na imprensa, sem que alguém se lembrasse dizer: “Epa! Que história é essa?” Agora imaginem se detectassem tal sentimento em São Paulo. Logo escreveriam um tratado sobre a arrogância dos paulistas ou sei lá o quê. O sentimento antipaulista é a versão local do recalque que degenera no antiamericanismo. Em certas áreas do país, querem tratar os paulistas como o “eles”, categoria que estaria em oposição ao “nós”. O caso Mayara trouxe esse sentimento à tona. Assim como existem antiamericanos dentro dos EUA, existem antipaulistas em São Paulo: parte da imprensa daqui não está sendo menos bucéfala do que a imprensa de acolá.
Mentiras
É simplesmente mentira que exista na maior cidade nordestina do Brasil — sim, leitor, há mais nordestinos em São Paulo do que em Salvador, a maior capital do Nordeste — um sentimento antinordestino.  O pernambucano Lula fez a sua carreira em São Paulo. A paraibana Luíza Erundina foi prefeita da capital do Estado. Uso exemplos da política porque é nessa área que esse tipo de sentimento se exacerba. Conheço algumas capitais do Nordeste. Não o suficiente para escrever tratados ou ser peremptório a respeito de algumas coisas. Mas já fui a restaurantes populares e a restaurantes chiques da Bahia, por exemplo, onde se tem, talvez (a conferir), o maior percentual de população negra do país. E, claro, já fiz isso dezenas de vezes em São Paulo, onde o percentual de negros é muito menor. A nenhum observador honesto escapará uma evidência: é muito mais freqüente a presença de negros nos ambientes refinados de São Paulo do que nos de Salvador ou do Recife.
O país tem de aprender a equacionar as suas diferenças. E vem fazendo isso, ora acertando, ora errando, não vou entrar nesse mérito agora. Mas não venham tentar dar aula de civilidade tolerância a São Paulo os que não combatem no próprio solo as escandalosas desigualdades e os preconceitos os mais evidentes. QUEM DECIDE FAZER GUERRA REGIONAL ESTÁ SENTANDO EM CIMA DO PRÓPRIO RABO PARA TENTAR DENUNCIAR O ALHEIO. Seria mesmo maior o preconceito que os “paulistas”, como se existisse essa categoria!, têm contra os  nordestinos do que o que aquele que ALGUNS NORDESTINOS ricos têm contra os nordestinos pobres no próprio Nordeste? Ora, tenham paciência!
O que leva um jornal como o “Correio”, da Bahia, a publicar na primeira página a foto da autora das mensagens infelizes com o título “A paulista”? Será esse jornal tão zeloso em combater as injustiças existentes no próprio estado como é em tentar promover uma guerra contra São Paulo em nome da… justiça? Admitir-se-ia que um jornal paulista publicasse a foto de um criminoso qualquer nascido na Bahia como o “O baiano”? É claro que não! E não creio que isso devesse ser tolerado. O Ministério Público certamente entraria em ação.  Já São Paulo pode suportar muito bem uma carga de preconceito se o objetivo nobre é… combater o preconceito!
Ciclo de violência
Coisas inacreditáveis estão em curso. É de estarrecer uma reportagem da Folha neste sábado. Ficamos sabendo que a moça é filha de um relacionamento extraconjugal do pai, Antonino Petruso. Leiam:
O empresário Antonino criticou a declaração de sua filha -fruto de um caso extraconjugal no fim dos anos 80 -, que, segundo ele, causou efeito colateral indesejado para toda a família. ‘Tenho raiva de quem faz preconceito, seja amarelo, branco, azul, pobre. Se ela [Mayara] realmente escreveu aquilo, vai ter que pagar.’”
É espantoso! É assustador. Ele próprio expõe a sua vida privada e a da garota, como se a condição de “filha fora do casamento” tornasse menores seus vínculos com a  jovem, tomada, no contexto, como agente de um desequilíbrio familiar. Ironicamente, sua empresa se chama “Supermercado do Papai”. O supermercado é do papai! O papai revela ainda que a relação com a filha não é boa; não quer que as opiniões dela sejam confundidas com as da família — talvez quisesse dizer “a verdadeira família”.
Não sei que punição a Justiça vai aplicar a essa moça — até porque será preciso muita licença jurídica para provar que ela praticou racismo, como sabe qualquer advogado medianamente informado. Mas há como ela ser punida mais do que está sendo? Se não conseguir mudar de nome, as suas mensagens no Twitter a terão destruído para sempre. Quantos milhares já fizeram a mesma coisa, não porque sejam militantes racistas, mas porque estão mal informados, pensam errado, reproduzem tolices que ouvem de outros? E os nordestinos os únicos agredidos.
A coisa agora segue no ritmo do horror, do pega-pra-capar. Já que ela foi estúpida o bastante para escrever aquilo, pode ter a imagem estampada na capa de um jornal da Bahia como “a paulista”. Já que escreveu aquilo, pode ser demonizada pelo pai, que a trata como uma bastarda, agente de dissabores familiares e ovelha desgarrada, que não reproduz os valores da família — ele, na verdade, tem “raiva” de gente assim. Já que escreveu aquilo, ela não terá direito a um julgamento justo. Afinal, os nossos irmãos nordestinos merecem um desagravo — nem que seja o linchamento.
Por isso recomendei aqui o filme a O Último Jantar (The Last Supper), de Stacy Title, cuja boa tradução em português seria “A Última Ceia”, já que o filme, por metáfora, evoca um ritual religioso. Não deixem de ver! Por acidente, um grupo de jovens bem-informados, politicamente corretos, muito sábios, acaba tendo de enfrentar a fúria de um fascistóide. Um deles mata o bandidaço. Eles se dão conta, então, de que o mundo não ficou pior com aquela morte. Como não ficaria pior se morressem o pastor homofóbico, o xenófobo, a puritana… Então decidem agir para tornar o “mundo melhor”.  Vejam as conseqüências . Trata-se de um debate formidável sobre o bem, o mal, a tolerância e os tribunais de exceção.
Não são melhores
Não são melhores do que Mayara os que promovem uma guerra entre regiões, os que a tomam como representante de alguma corrente influente em São Paulo e os que a lincham moralmente, não poupando nem mesmo detalhes de sua  vida privada, que nada têm a ver com a besteira que escreveu. Na verdade, são piores. Mayara é só uma moça que disse uma estupidez. O “Correio”, da Bahia, é um jornal que tem responsabilidades de apelo coletivo. Se a jovem viola um princípio constitucional ao escrever o que escreveu, o mesmo fez o jornal baiano. E cadê a OAB para acioná-lo? Cadê o Ministério Público Federal para propor uma investigação? E a Folha? Provem que as informações sobre a vida privada da garota servem a algum outra coisa que não à fofoca e à expiação.
Arremato
Indivíduos dizem bobagens o tempo inteiro. Há uma diferença entre dizê-las e se organizar para pôr em prática as sandices que eventualmente escrevem nas redes sociais. A punição tem de ser proporcional ao crime. E tem de ser aplicada pela Justiça, não por um pelotão de fuzilamento moral ou por aproveitadores interessados em faturar com a guerra regional, que tenta opor o Brasil ao Brasil.
Quem inventou esse país cindido tem um projeto político e dele extrai os melhores resultados para si e para o seu grupo. No dia 27 de março de 2008, durante um discurso em Pernambuco, Lula cobriu de elogios Severino Cavalcanti (PP-PE), ex-presidente da Câmara, afirmando que ele fora derrubado do posto por causa do “preconceito das elites paulistas e do Paraná”. Essa “guerra” tem servido unicamente aos propósitos daqueles que lucram politicamente com o confronto entre Nordeste e São Paulo, entre ricos e pobres, entre brancos e negros…
Poderia, e agora para encerrar mesmo, haver manifestação mais clara do uso vigarista dessas falsas clivagens do que o discurso que Lula fez na sexta-feira? Segundo ele, a sua eleição e a da “companheira Dilma” significaram a superação de preconceitos.  E ele disse isso num pronunciamento oficial! Ora, então a eventual derrota de ambos teria significado o contrário. Logo, a única maneira de a gente demonstrar que ama o Brasil unido é alinhando-se com o PT. As falas de Mayara pertencem a Mayara, o indivíduo. O rumo que tomou essa irrelevância tem de ser pensado à luz da cultura política que está sendo alimentada pelo poder. Em muitos aspectos, Mayara também é vítima de uma ação política deliberada para dividir o país. E há um monte de jornalista tonto ou mau-caráter fazendo o servicinho para o PT. Como sempre.

Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-discurso-vigarista-da-canalha-que-lucra-ao-jogar-o-brasil-contra-o-brasil-ou-os-fascistas-do-bem-estao-assanhados/

Líder tucano ataca o eleitorado tucano. Isto é o PSDB.

O tucano Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso, assina artigo hoje, na Folha de São Paulo, intitulado "Dois males afinal evitados", onde ataca o eleitor de oposição, como se ele não tivesse o direito de expressar o que pensa a respeito da democracia. Tem bem a cara deste PSDB que não tem cara. Muito menos coragem.

As eleições do último domingo foram livres e democráticas. Foram próprias de uma democracia consolidada, porque o Brasil conta com uma grande classe média de empresários e de profissionais e com uma classe trabalhadora que participa dos ganhos de produtividade. Porque conta com um sistema constitucional-legal dotado de legitimidade e garantido por um Estado moderno, que é efetivo em garantir a lei e crescentemente eficiente em gerir os serviços sociais e científicos que permitem reduzir a sua desigualdade. É verdade que os dois principais candidatos não conseguiram desenvolver um debate que oferecesse alternativas programáticas e ideológicas claras aos eleitores. Por isso, a grande maioria dos analistas os criticou. Creio que se equivocaram.

O debate não ocorreu porque a sociedade brasileira é hoje uma sociedade antes coesa do que dividida. Sem dúvida, a fratura entre os ricos e os pobres continua forte, como as pesquisas eleitorais demonstraram. Mas hoje a sociedade brasileira é suficientemente coesa para não permitir que candidatos com programas muito diferentes tenham possibilidades iguais de serem eleitos -o que é uma coisa boa. Os dois males que de fato rondaram as eleições de 31 de outubro foram os males do udenismo moralista e potencialmente golpista e o da americanização do debate político. Quando setores da sociedade e militantes partidários afirmaram que a candidata eleita representava uma ameaça para a democracia, para a Constituição e para a moralidade pública, estavam retomando uma prática política que caracterizou a UDN (União Democrática Nacional), o partido político moralista e golpista que derrubou Getulio Vargas em 1954.

( o ex-ministro passa ao largo do PNDH III que, pelo jeito, ele não considera uma ameaça para a democracia)

Não há nada mais antipolítico ou antidemocrático do que esse tipo de argumento e de prática. As três acusações são gravíssimas; se fossem verdadeiras -e seus proponentes sempre acham que são- justificam o golpe de Estado preventivo. Felizmente a sociedade brasileira teve maturidade e rejeitou esse tipo de argumento. Quanto ao mal da americanização da política, entendo por isso a mistura de religião com política em um país moderno. Os Estados Unidos, que no final da Segunda Guerra Mundial eram o exemplo de democracia para todo mundo, experimentaram desde então decadência política e social que teve como uma de suas características a invasão da política por temas de base religiosa como a condenação do aborto. De repente um candidato passa a ser amigo de Deus ou do diabo, dependendo de ser ele "a favor da vida" ou não. A separação entre a política e a religião -a secularização da política- foi um grande avanço democrático do século 19. Voltarmos a uni-las, um grande atraso, a volta à intolerância.

( que democracia é esta do tucano que veta a discussão de temas como a legalização do aborto, como se isso fosse um retrocesso? Afinal de contas, na democracia, quem decide quais são as discussões relevantes? Não é o eleitor? )

A sociedade brasileira resistiu bem às duas ameaças. E a democracia saiu incólume e reforçada das eleições.
Em seu discurso após a eleição, Dilma Rousseff reafirmou seu compromisso com os pobres, ao mesmo tempo em que se dispôs a realizar uma política de conciliação, não fazendo distinção entre vitoriosos e vencidos. Estou seguro que será fiel a esse compromisso, como o foram os últimos presidentes. Nossa democracia o exige e permite.

( É lamentável que o tucano não tenha abordado outros males que pautaram estas eleições, tais como: a) a presença criminosa no presidente da república na campanha eleitoral; b) as mentiras sobre privatizações e fim de benefícios, saídas de notas oficiais presidentes de estatais e da boca de ministros em exercício do cargo, enchendo o eleitorado de medo; c) as quebras de sigilo fiscal e bancário de candidatos da oposição e a montagem de dossiês. Vamos parar por aí. O ministro Bresser Pereira é um dos gurus do tucanato. Estamos bem arrumados.)


Do Coturno Noturno 
http://coturnonoturno.blogspot.com/2010/11/lider-tucano-ataca-o-eleitorado-tucano.html

Temos motivos para comemorar

Em post recente, observei que deveríamos ficar alegres, fosse qual fosse o resultado das eleições. Vejo que de fato continuo alegre, pela graça de Deus (em outros tempos, eu teria posto energia demais nesse evento e não estaria bem; louvo a Ele por isto!). Mas, além da certeza de que Deus está no comando de tudo, temos motivos para comemorar: creio que essa esquerda mítica, divinizada, está perdendo força na mente dos brasileiros. E isto é algo recente. Como? Vejamos.
Já escrevi aqui várias vezes sobre um dos assuntos de destaque na agenda conservadora, em contraposição às forças do globalismo estatal (conservadores costumam sempre atuar em reação): o aborto. Defender a vida contra a ideia comum do “feto não é gente” sempre me pareceu algo difícil, espinhoso. Em conversas, o defensor da vida arriscava-se a perder o amigo. E eis que, nessas eleições, o assunto ganha uma atenção inédita no panorama político. O que ficou claro para todos é: Dilma podia perder a disputa por causa da postura obsessiva do PT pela descriminalização do aborto. E, de fato, diante disso o partido se viu apavorado o bastante para divulgar mentiras sobre a opinião da então candidata sobre o tema. Mesmo assim, mais de 40% dos eleitores deram seu não nas urnas — se contra o aborto ou não, jamais saberemos. Mas os números foram eloquentes: quase metade dos votantes não queria Dilma. Podemos afirmar que a Vida foi a grande vencedora dessas eleições: se o tema pesou, é porque o aborto prêt-à-porter no Brasil já não se afigura uma unanimidade. O abortista já não é um libertário, um porta-voz dos direitos da mulher; é questionado à luz do dia. Trata-se de uma extraordinária mudança de cosmovisão, e seus propagadores, não mais envergonhados, estão visíveis em jornais de grande circulação, como, na Folha de São Paulo, Luiz Felipe Pondé. Foi serrado o mastro de uma das maiores bandeiras do partido no governo, às mostras há pelo menos vinte anos.
Outro dado importante é o que nos informa Reinaldo Azevedo:
Até a sua biografia já começa a ser reescrita com zelo. Ontem, no Jornal Nacional, um companheiro de militância de Dilma assegurou que ela nunca pegou em armas, embora tenha feito parte de dois dos grupos terroristas mais violentos que praticaram atentados  durante o regime militar.
Qual a outra bandeira decepada? O ideal da guerrilha, tão decantado nas salas de aula da universidade! Novamente com medo da perda de apoio popular, o partido recorre a mentiras para reconstruir a história da presidente. Ora, se chegou a esse ponto, novamente, é porque a militância das guerrilhas na época da ditadura já não é mais uma unanimidade. Seus “heróis”, hoje revisitados por historiadores não-comprometidos com o ideário da esquerda, perderam o brilho. Certo, foram torturados, sofreram o diabo. Mas estavam longe de serem os santos cantados em prosa e verso por professores, pesquisadores, propagandistas do socialismo. Eram violentos e chamaram violência para si. E queriam de fato instalar uma ditadura no país, uma ditadura de esquerda. Hoje há mais informação sobre esse lado da história, embora seja geralmente veiculada fora dos bancos escolares. E por que digo que tudo mudou há pouco tempo? Porque há cinco anos — somente cinco anos! —, a revista Época publicou uma entrevista com Dilma Rousseff totalmente laudatória, em que o jornalista responsável chega a parecer extático de tanta admiração pela personagem, oferecendo ao leitor generosas fatias de seu passado como terrorista:
Ajudou na infra-estrutura de três assaltos a bancos, assinou artigos no jornal Piquete e chegou à direção do Colina. Nessa condição, planejou o que seria o mais rentável golpe da luta armada em todo o mundo: o roubo do cofre de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo.
E o texto termina com uma fala da própria Dilma:
Só pra saber que nunca fui uma menina cândida: eu sei montar e desmontar, de olhos fechados, um fuzil automático leve. Tinha que ser rápido, muito rápido. E, se você quer saber, eu sei atirar.
Sabe atirar e nunca pegou em armas? Não pode, né?
Exulto porque percebo que, agora sim, uma verdadeira oposição parece prestes a se firmar no Brasil contra os ditames socialistas. Se tudo dará certo e se conseguiremos nos manter longe do destino de Cuba e Venezuela, só o tempo dirá. Mas me alegro por oferecer minha contribuição para a desmitologização do socialismo e a afirmação de valores cristãos neste país.
Dito isto, e já um tanto cansada do assunto, repito o que declarei antes, e que serve também como um aviso para mim mesma:

Norma Braga
http://normabraga.blogspot.com/2010/11/temos-motivos-para-comemorar.html

sábado, 6 de novembro de 2010

Chega de enem-enem-enem: demissão do incompetente, arrogante e prepotente ministro já!

Novamente, hoje, o Exame do Enem prejudicou milhões de alunos em todo o Brasil, pois o cartão de respostas foi impresso errado pelo MEC. Não foi revisado pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad que, em última análise, é o responsável pelos sucessivos problemas, gravíssimos problemas, suspeitíssimos problemas que o Enem acumula nos últimos anos. Dilma Rousseff declarou, na semana passada, que "a educação estava bem encaminhada" no Brasil.  Em algumas cidades, como no Recife, pais de alunos decidiram procurar o Ministéro Público para se queixar. "Qualquer coisa que induza o aluno ao erro pode dar margem ao aluno para pedir anulação", diz. A procuradora da República Maria Luiza Grabner, do MPF em São Paulo, diz que "os alunos que se sentirem lesados, na segunda-feira, podem fazer representação no órgão". Essa representação, segundo a procuradora, pode servir de base para uma ação coletiva contra o MEC, para anular a prova. Edson Bortolai, presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-SP, diz que o estudante pode procurar o Procon ou mover uma ação de indenização individual. Não há tempo a perder: demissão do ministro já!

Do Coturno Noturno:     http://coturnonoturno.blogspot.com/2010/11/chega-de-enem-enem-enem-anulacao-da.html

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Os honoráveis assassinos - Uma parábola do nosso tempo

Outro dia a Globo exibiu um filme bastante interessante, que eu já tinha visto em vídeo. Se vocês não assistiram, recomendo. Chama-se O Último Jantar (The Last Supper), de 1995, dirigido por Stacy Title. A boa tradução, obviamente, seria “A Última Ceia”. O trocadilho é esse, já que, vocês verão, à sua moda, o filme trata de um ritual religioso. Ainda que venham a detestá-lo, vale por Cameron Diaz, que está uma belezoca (tá, essa dica é para os rapazes). Mas as moças têm lá bons estímulos ao intelecto, hehe.

Estudantes “liberais” (nos EUA, isso quer dizer “a esquerda possível”, já que, para sorte deles, a história os blindou contra certo tipo de delírio do atraso), todos com aspirações intelectuais e libertárias, moram juntos. São jovens, modernos, divertidos e se acham tolerantes e inteligentes. Um deles pega carona, sem saber, com um homicida perigoso. O cara acaba ficando para o jantar. É um gorila de extrema direita: xenófobo, militarista, antipacifista. O choque com os “liberais” é inevitável e chega ao confronto físico. Resumo: um dos “pacifistas” acaba por cravar-lhe uma faca nas costas.

A “turma do bem” havia cometido um assassinato. Ocorre que o brutamontes dizia coisas tão desprezíveis e era tão violento, que o ato se confundiu com legítima defesa. Passado o torpor, tem início a racionalização da morte:
- era um fascista; merecia viver?;
- vivo, ele tornaria o mundo melhor ou pior?;
- os “liberais” não vinham sendo muito moles e covardes? Não havia chegado a hora de agir?

Os “tolerantes” têm uma idéia: começam a chamar para jantar pessoas pelas quais nutrem um olímpico desprezo. Todas elas são submetidas a um “julgamento”. Ignorantes do risco que correm, são estimuladas, incitadas mesmo, a dizer o que pensam. Passam pelo festim diabólico, entre outros:
- o reverendo homofóbico que vê na aids um castigo de Deus;
- o machista misógino;
- a militante antiaborto;
- o sujeito que não acredita no efeito-estufa;
- um rapaz contrário ao direito dos sem-teto;
- a moça que detesta arte contemporânea…

A todos é dado um certo “direito de defesa”, embora não saibam que estão sendo julgados. A cada coisa chocante que dizem, segue uma pergunta para que digam algo ainda pior. “Reprovados”, são induzidos a tomar um vinho envenenado. O tribunal dos liberais, dos progressistas, dos modernos, é implacável. A fala das vítimas é não mais do que uma caricatura do que seriam as opiniões “conservadoras”.

O que Title faz é jogar na boca dos “condenados” aquilo que seus algozes gostariam de ouvir. Explico-me: eles querem eliminar seus adversários - assim, quanto mais idiotas e simplistas eles forem, melhor. A regra é a seguinte: reduza seu oponente a um borrão de tudo aquilo que você mais odeia, e haverá, então, um bom motivo para eliminá-lo. É a intolerância dos tolerantes.

Contei o fim do filme? Não! O desfecho é surpreendente. Aqueles pobres idiotas, que reivindicam o direito de dizer quem pode e quem não pode viver, não estavam preparados para uma abordagem um pouco mais requintada do mundo. E terão a chance de experimentá-la, o que os humilha intelectualmente. Não vou contar mais. Vejam.

No Brasil
Os esquerdistas no Brasil gostariam que seus adversários fossem tão tolos quanto são os dos assassinos de O Último Jantar. Se a Igreja Católica - a séria - combate a abordagem oficial sobre a camisinha, então ela é “responsável pela expansão da aids porque estimularia o sexo sem proteção”; se alguém acusa o Bolsa Família de ser a indústria da miséria, então é porque quer que os pobres morram de fome; se faz restrições de natureza ética ao aborto, então é porque despreza os direitos da mulher. Aí fica fácil: ao reduzir o Outro à estupidez, podem matar sem culpa.

E qual é a suposição intectualmente verossímil para que possam ser assassinos éticos? Os “direitistas” estariam defendendo “o passado”, enquanto eles, os “esquerdistas”, teriam a nos oferecer um futuro glorioso.
*
Este texto foi publicado neste blog no dia 28 de janeiro de 2008. Impressionante, não é mesmo?

Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A CPMF eos governadores laranjas.

04/11/2010
às 15:36
O mandato de Dilma Rousseff nem começou, e já temos os governadores laranjas. “Não pretendo enviar um projeto recriando a CPMF, mas tenho visto mobilização de governadores nessa direção”. A afirmação é da presidente eleita. É mesmo? Foi o bastante para que o Estadão desse hoje uma manchete e tanto (o negrito é meu): “Dilma aceita discutir nova CPMF com governadores”.
ACEITA??? Que presidente tolerante e maleável essa Dilma Rousseff, não é mesmo? Ela não quer dinheiro extra para a Saúde, mas, dada a pressão, vocês sabem como é, uma democrata sempre acaba cedendo… Essa discussão agora é o fim da picada! Definitivamente, é fazer a sociedade de besta. Dilma conhecia o caminho do paraíso na saúde. E, pelo visto sabia onde estava o dinheiro. Até afirmou que pretendia diminuir a carga tributária.

Por Reinaldo Azevedo

IDH: o mais que continua menos.

O Brasil foi o país que mais avançou no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) preparado pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), chegando a 73a posição. Foram quatro pontos a mais em comparação a 2009. Apesar da evolução, o Brasil continua a exibir um IDH menor do que a média da América Latina e Caribe, que é de 0,704. A comparação com alguns países vizinhos também é desfavorável. Argentina, Uruguai, Panamá, México, Costa Rica, Peru também apresentam melhor classificação: 46º, 52º, 54º, 56º, 62º e 63º, respectivamente. Leia a matéria do Estadão.

Do Coturno Noturno